Ponte sobre o rio Arunca
Construída no sec.XVIII sobre o rio Arunca para a passagem da Estrada Real.
1793 – Início da construção da ponte, mandada fazer por D. João VI.
1795 – Conclusão da ponte.
Construída no sec.XVIII sobre o rio Arunca para a passagem da Estrada Real.
1793 – Início da construção da ponte, mandada fazer por D. João VI.
1795 – Conclusão da ponte.
Séc. XVIII
Localizada a cerca de 3 Km de Pombal, a Quinta da Gramela foi herdada pelo Marquês de Pombal por morte de seu tio Paulo de Carvalho e Ataíde. Em 1759 era constituída por casas térreas, tornando-se mais tarde num solar, edifício senhorial de dois pisos com uma capela adjacente e em anexo um duplo pátio que servia de residência aos criados, de arrumo de alfaias e depósito de produtos agrícolas.
Em 1759 foi aqui instalada pelo Marquês a Real Fábrica de Chapéus Grosseiros.
O primeiro foral de Pombal foi dado em 1174 pelos Templários, que detinham o senhorio da povoação desde a doação feita em c. 1160 a D. Gualdim Pais, mestre da Ordem, por D. Afonso Henriques. Pombal recebeu foral novo de D. Manuel, em 1512, na sequência do qual terá sido erguido um pelourinho. Nada se sabe acerca deste monumento, que foi supostamente substituído por um outro, setecentista, atribuído ao senhorio do Marquês de Pombal, que aqui viveu entre 1777 e 1782, e procedeu à ordenação da parte baixa da vila. Ao Marquês deve-se a construção da cadeia (conhecida por Cadeia Velha) e do celeiro, na Praça Velha da povoação, hoje Praça Marquês de Pombal. Aqui se erguia supostamente o antigo pelourinho quinhentista, e aqui terá sido igualmente levantado o outro, que depois foi deslocado para o pequeno Largo do Pelourinho, junto à estação ferroviária. Existem ainda referências à sua localização na Rua das Canas, em 1876. O monumento encontra-se atualmente em fragmentos, alguns destes conservados nos claustros do Convento do Cardal, onde estão instalados os Paços do Concelho. Entre estes fragmentos está um troço do fuste, oitavado, e ainda uma pedra que pode ter pertencido ao remate. Segundo consta, um outro troço do fuste está incrustada num muro do castelo da localidade.
Na última década do século XX foi erguido um pelourinho moderno, no largo do mesmo nome, da autoria do escultor Soares Branco. Este pelourinho não se encontra classificado; a classificação respeita aos fragmentos do anterior monumento. SML
Implantada na malha urbana de Pombal, esta casa Arte Nova foi edificada na década de 30 do século XX, sob projeto do arquiteto suíço Ernesto Korrodi. Este chegou a Portugal em 1889, na sequência da reforma do ensino artístico e industrial então levado a cabo por Emídio Navarro, fixando residência em Leiria a partir de 1894, e desenvolvendo um largo trabalho no campo da arquitetura e do restauro de monumentos (COSTA, 1997). Entre os muitos projetos definidos por Korrodi, ou pelo seu atelier, deverá encontrar-se o imóvel de Pombal, cujas características Arte Nova denunciam a proximidade com outras obras do arquiteto, apesar de não constar do inventário recentemente efetuado por Lucília Verdelho da Costa.
De planta retangular, esta casa de habitação desenvolve-se num volume compacto, cujas fachadas se abrem para a Rua Almirante Reis, no caso da principal, para a Rua Capitão Tavares Dias, a lateral, e para um jardim de dimensão reduzida, a posterior. Todas são revestidas, até ao segundo andar, por azulejos retangulares verdes, e percorridas por um friso de azulejos, junto à cimalha, que no caso do alçado Este dá início à empena. O padrão linear e vegetalista deste friso é idêntico ao que o mesmo arquiteto aplicou na reconstrução de um prédio de rendimento na Praça Rodrigues Lobo, em Leiria.
Na fachada principal, de dois andares, abrem-se quatro portas, a que correspondem, no piso superior, duas janelas de sacada nas extremidades e, ao centro, um conjunto de três janelas salientes e fechadas, formando uma espécie de balcão, de linhas retas e de tendência mais geometrizante, apoiado sobre mísulas. Entre os dois andares, encontra-se um outro friso de azulejos, de motivos vegetalistas.
No alçado Este, de três pisos, abrem-se duas portas e uma janela no andar térreo, que se ligam a outras tantas janelas de sacada com avental de azulejos. Ao centro, a composição prolonga-se na janela semicircular do sótão, tripartida e emoldurada por uma composição de linhas curvas em cantaria, que definem o frontão semicircular, cujo tímpano é revestido por azulejos. Este jogo de linhas é bastante comum na obra do arquiteto suíço, tal como os ritmos tripartidos dos vãos, os fechos salientes, o recurso às mísulas, os motivos geométricos e florais (COSTA, 1997, pp. 276-296).
No contexto da arquitetura portuguesa do início do século, Korrodi teve um entendimento mais estrutural da Arte Nova, destacando-se também pela adequação do ornamento à estrutura arquitetónica, como se pode observar neste imóvel. Aqui encontramos algumas das constantes do arquiteto suíço (nos projetos habitacionais), perfeitamente articuladas com elementos decorativos de gosto Arte Nova, e tirando partido da utilização das grades de ferro (umas vezes de tendência retilínea e outras mais orgânica) e dos azulejos vegetalistas de padrão diversificado. Por outro lado, a modelação das cantarias das molduras dos vãos denota “o prazer de decorar e, sobretudo, o prazer de trabalhar a matéria” (COSTA, 1997, p. 288).
Em última análise, e no contexto urbano de Pombal, este imóvel impõe-se nas artérias em que se insere, destacando-se pelas fachadas de grande cenografia.
(Rosário Carvalho)
Situa-se no Jardim Municipal do Cardal. É uma estátua de bronze de Fernandes de Sá com base em calcário da autoria de Ernesto Korrodi. É a primeira estátua erigida ao Marquês em Portugal. Foi inaugurada em 1907.
Edificado no ano de 1161, por Gualdim Pais, Mestre da Ordem do Templo, integrou um conjunto de praças militares destinadas a defender Coimbra. Ampliado no reinado de D. Sancho I, voltou a ser objecto de cuidado régio no reinado de D. Manuel I, beneficiando de melhorias estruturais e de obras de reconstrução nas muralhas. Das quais se destaca a abertura da nova porta principal, aberta na muralha dirigida para poente e uma graciosa janela de linhas manuelinas. Estas profundas alterações deturparam as características de imponente baluarte militar, chegando a ser residência dos alcaides-mores de Pombal. Aquando da 3ª Invasão Francesa, em 1811, foi devastado pelas tropas francesas sendo novamente recuperado e reconstruído em 1940, onde foram encontradas algumas moedas da época romana.
Pretendendo devolver o castelo à cidade, o Município de Pombal, em 2004, apresentou o projecto de Valorização Paisagística do Castelo de Pombal e Área Envolvente. Com esta intervenção ganhou-se um espaço público qualificado, que inclui uma cafetaria, zonas de descanso e percursos, permitindo melhores condições de fruição e de interligação à área urbana.
No interior das muralhas do castelo encontra agora um posto de acolhimento que, além de informação turística, dispõe de um ponto de venda de produtos locais e de uma sala multimédia onde pode assistir aos filmes:
• A História de um Castelo – um filme em 3D que nos mostra a perspectiva histórica da formação do castelo, sempre associada à formação de Pombal.
• A Lenda do Mouro – Um filme animado que relata a lenda do mouro Al-Pal-Omar.
Pode também visitar a Torre de Menagem, um centro Museológico, que acolhe exposições temáticas e que oferece uma vista privilegiada sobre a cidade.
De construção antiga, a Igreja Matriz de Pombal foi objecto de nova reedificação em 1520 e profundamente remodelada em 1816 pelo Capitão-mor de Pombal, Jorge Coelho de Vasconcelos Botelho, após a sua devastação cinco anos antes, provocada pelo vandalismo das tropas francesas. O seu exterior apresenta uma arquitectura simples, contrastando com a beleza do seu interior. Foi nesta Igreja que em 1323 D. Dinis e seu filho D. Afonso celebraram o juramento público de paz por intermédio da Rainha Santa Isabel, como se pode constatar num grande painel de azulejos modernos fixados sobre o arco triunfal. Realce também para a Capela lateral de N.ª Sra. da Piedade, espaço construído em 1551 e coberto por abóbada nervurada, tendo no fecho desta um brasão da família Freire Botelho. O destaque artístico concentra-se no seu belo retábulo de pedra policromada, obra renascentista dos meados do século XVI, atribuída ao atelier do escultor francês João de Ruão. Este belo retábulo classicista apresenta episódios escultóricos versando a vida de S. Martinho, de Cristo e de S. João Baptista. Na sua composição plástica são ainda visíveis os bustos de um elegante apostolado.
Mandada construir por D. Pedro I com o intuito de aqui serem recolhidos em dia de S. Martinho, os tributos/impostos devidos pelos judeus e mouros. Situa-se a meia encosta do castelo, com características manuelinas, separava o velho burgo de Pombal, a nascente, em direcção ao Castelo, do novo burgo, a poente, em direcção ao rio Arunca. Em 1509, durante o reinado de D. Manuel, sofreu obras de beneficiação tendo este mandado colocar-lhe um relógio mecânico e uma sineta, para que o toque das Trindades soasse sempre a horas certas. Este sino marcava o toque matutino e o pôr-do-sol, indicando a hora de recolhimento dos judeus, impedidos de frequentar a alta cristã da vila durante a noite e assinalando o período em que eles podiam sair da judiaria ou ali receber a visita de cristãos.
Fundada em cumprimento de um voto pelo Conde de Castelo Melhor, Luís de Vasconcelos e Sousa, no princípio do século XVIII, este edifício de estilo Barroco foi riscado pelo Arquitecto Régio João Antunes. De sólida construção, apresenta uma fachada bem proporcionada e de majestosa imponência. No seu interior concentramos de imediato a nossa atenção no retábulo de pétreas colunas salomónicas, na capela-mor. De realçar ainda o belíssimo retábulo em pedra de Ançã, do renascimento português, atribuído a João de Ruão, originário da destruída Igreja de Santa Maria do Castelo. Aqui permaneceram os restos mortais do Marquês de Pombal após a sua morte a 8 de Maio de 1782 a 1856, data em que o terceiro neto o trasladou para a Ermida da Mercês, em Lisboa. Sofreu obras de beneficiação durante o primeiro semestre de 2010.
Instalado na antiga Casa da Câmara de Pombal, edifício mandado construir pelo Marquês de Pombal em 1776, o Museu teve a sua origem num trabalho de pesquisa, recolha e selecção de um pombalense, o antiquário Manuel Gameiro que doou a colecção à Autarquia, sob a condição de se criar um Museu Municipal. Atendendo ao desejo expresso pelo doador, o Museu abriu ao público, no edifício dos Paços do Concelho, no dia 8 de Maio de 1982, no âmbito das comemorações do Bicentenário da morte do estadista Sebastião José de Carvalho e Melo. Em Julho de 2004, foi transferido para a Cadeia Velha, na Praça Marquês de Pombal, após obras de remodelação e adaptação do edifício.
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